RESENHA
FACULDADE CIDADE DE
COROMANDEL
PÓS-GRADUAÇÃO EM ÊNFASE EM
METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
CLEITON WILSON DA ROSA
A CONTRIBUIÇÃO DA
UNIVERSIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES E ESCRITORES
COROMANDEL
2017
CLEITON WILSON DA ROSA
A CONTRIBUIÇÃO DA
UNIVERSIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES E ESCRITORES
Resenha apresentada à Faculdade Cidade
de Coromandel, como requisito parcial para a avaliação na disciplina
Metodologia Científica do Curso de Pós-Graduação em Ênfase em Metodologia do
Ensino Superior.
Orientador: Prof. Me. Lasaro José Amaral
COROMANDEL
2017
A CONTRIBUIÇÃO DA
UNIVERSIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES E ECRITORES
Referência: PIMENTA, Rosângela Oliveira Cruz. A
contribuição da Universidade na Formação de Professores Leitores e Escritores.
In: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA, 1., 2012,
Uberlândia. Anais...
. Uberlândia: Edufu, 2012. v. 2, p. 01 - 07.
CREDENCIAIS
DE AUTORIA
Mestre em educação pela
universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Linguística pela Universidade
Federal de Alagoas. Possui graduação em letras pela Universidade Católica de
Pernambuco. É professora adjunta do Centro de Educação da Universidade Federal
de Alagoas, onde leciona as disciplinas Saberes e Metodologia do Ensino de
Língua Portuguesa 1 e 2, nas modalidades presencial e a distância e da
faculdade de Letras, onde lecciona a disciplina Estágio Supervisionado 4. Tem
experiência na área de educação, com ênfase Métodos e Técnicas de Ensino,
atuando principalmente nos seguintes temas: Análise do Discurso, ensino de
escrita, relação professor x escrita x ensino, didática do ensino de leitura e
escrita, história do professor leitor, leitura na escola e produção textual no
ensino básico e superior. Integra o grupo de pesquisa Ensino e Aprendizagem de
línguas e o Grupo de Estudos e Pesquisas em, Discurso e Ontologia – GEDON.
1 COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
Podemos
evidenciar através da leitura do artigo supramencionado, que a autora
inicialmente nos apresenta uma abordagem sobre a atual conjuntura no ambiente
acadêmico focadas nos processos de desenvolvimento e aprimoramento da escrita e
leitura dos discentes no curso de graduação superior. A autora nos apresenta reflexões contemporâneas
sobre esse tema, e destaca nesse contexto, principalmente sobe as dificuldades
enfrentadas pelos alunos deste a sua formação nos níveis básicos e médios de
escolaridades até chegar ao ensino superior. A autora busca respostas visando a
possibilidade do melhoramento da condição da escrita e leitura dos discentes,
pois desta forma, o aluno certamente encontrará os meios necessários de
aperfeiçoamento e poderá se preparar melhor para sua futura vida profissional,
contribuindo no presente de forma efetiva como autor/escritor de sua própria
trajetória acadêmica.
Apresenta problemas
históricos e frequentes no atual processo de ensino utilizados pelas escolas brasileiras,
principalmente no nível fundamental e colegial. A autora destaca que o aluno
deve ser estimulado desde os níveis iniciais de aprendizagem a lê e escrever de
forma eficiente, sendo que desta forma o discente terá mais facilidade para ser
o protagonista de suas próprias ideias no futuro quando ele estiver cursando o
nível superior de ensino. Neste contexto, o aluno poderá ser o responsável por
protagonizar de forma crítica as suas ideias e pesquisas científicas no
ambiente Universitário.
A autora
ainda apresenta a importância do papel da escola no processo de libertação do
aluno para a atividade de escrita e literatura, visando sempre a habilidade de
leitura e produção textual em sala de aula, buscando um letramento social do
discente. Cabe a escola a missão de ensinar o caminho mais viável e coerente ao
aluno neste processo de leitura e produção textual na fase fundamental e
colegial, visando o seu ingresso na Universidade.
Em seguida
a autora cita alguns estudiosos que defendem uma intervenção mais efetiva da
escola no processo de aprendizagem, principalmente no nível de escolarização,
sempre buscando a formulação do aluno leitor/escritor. Ainda nesta linha de
raciocínio, ela apresenta uma crítica sobre a alegação dos professores sobre a
falta de tempo para trabalhar melhor literatura e produção textual em sala de
aula, principalmente nas aulas de português, onde pode ser trabalhado a leitura
e produção textual com foco na realidade social presente no cotidiano do aluno.
As críticas ainda se estendem ao processo usual na educação, os quais já são
formulados previamente com leitura com o foco de descodificação, de texto
basicamente escolares, desvinculadas dos usos sociais e, quando escrita, com
formulações de frases a partir de palavras soltas, cópias de texto de livros
previamente editados e publicados. Estas práticas, segundo a crítica da
autora, leva o aluno a condição de plagiar seus trabalhos no futuro, sendo
condicionado a copiar em vez de pensar.
Continuando
com a crítica, a autora relata a condição do discente ao chegar na
Universidade. Segundo ela, o aluno apresenta problemas com a escrita em
diversos cursos de nível superior. A autor ainda relata que a passagem do aluno
do colegial para o nível superior não apresenta mudanças significativas em sua carga
de conhecimento acumulado, mas é sentida com muita ansiedade por parte do aluno
referente ao que vai ser exigido dele a partir desta transição. Parece que o crivo da redação do vestibular ou
do Enem não é o suficiente para garantir que os alunos ao serem solicitados
para produzir resumos, resenhas, ensaios, monografias sejam escritores
proficientes desses gêneros.
Outra
crítica pertinente na visão da autora, diz respeito a leitura e produção de
texto em sala de aula no ensino superior, onde é possível identificar semelhanças,
bem como, diferencias com professores da educação básica. Segundo a autora, os
docentes agem da seguinte forma:
·
Alguns professores agem como se os alunos já dominassem a
escrita acadêmica e simplesmente solicitam os gêneros comuns nesse domínio
(resumo, resenha, artigos...);
·
Os professores trabalham mais a leitura que a escrita;
·
Há atividade de produção textual, mas não se oportuniza a
reescrita dos textos.
Quantos os alunos:
·
Sentem dificuldades para escrever;
·
Não se sente autores de seus escritos;
·
Não sabem o que fazer para escrever bem.
A autora
buscando uma resposta para o aprimoramento dos alunos e possível solução das
dificuldades dos discentes no curso superior, ela produz uma pesquisa
utilizando um instrumento de sondagem com os alunos do 6º período de pedagogia.
Diante das inúmeras dificuldades enfrentadas pelos alunos, a autora elaborou um
instrumento de pesquisa visando entender as maiores dificuldades enfrentadas
pelos discentes nas suas formações como escritores/leitores na Universidade. A pergunta utilizada pela autora foi a
seguinte: “ Você acha que a Universidade vem contribuindo de que forma para o
seu desenvolvimento como leitor(a) e escritor(a)”?
Das 38
respostas verificadas pelo instrumento de pesquisa, 65% dos alunos
entrevistados afirmaram que a Universidade contribui de alguma forma para o seu
desenvolvimento escritor e leitor, no entanto, uma considerada parcela de 33%
afirmaram que a Universidade não contribuiu em nada para o seu desenvolvimento
neste sentido.
Entre
as críticas negativas, verificamos que os discentes reclamaram da falta de
incentivo por parte na Universidade em promover eventos de leitura, os livros
são caros, os alunos ficam sozinhos na busca da evolução como leitor e
escritor, falta de incentivo em sala de aula, falta de trabalho como: artigos e
resenhas, falta de expor a escrita, melhor distribuição do tempo para este fim,
falta de comprometimento dos professores com os trabalhos elaborados pelos
alunos, entre outros.
A autora
cita uma importante contribuição de Coracini (2010), que diz em seu texto (Discurso
e Escritora): entre a necessidade e a possibilidade de ensinar, que é escrita e
processo, formação, transformação. Para esta autora, o professor não ensina a escrever,
mas auxilia o aluno à descobrir por si
mesmo a escrita.
A mesma
autora cita afirmações do tipo: Os professores em sala de aula, devem
contribuir para que os discentes possam ser autores de suas próprias escritas e
construção textual, e para sermos autores, devemos construir nossa identidade
através de vários outros sujeitos, ou seja, sermos um através de muitos.
Na
conclusão do artigo, observamos que a autora nos deixa um questionamento sobre
a possibilidade de poder ensinar o discente a ser um potencial escritor e
leitor no curso superior. Na continuação do artigo, é possível verificar que a
autora concorda com Coracini, pois é possível trabalhar o aluno para o seu
desenvolvimento como leitor e escritor na Universidade, mesmo se o aluno
possuir dificuldade neste sentido. Nesta linha de raciocínio, a autora acredita
que ajudar o aluno nesta descoberta da escrita como autores de suas próprias
obras, mas que os conhecimentos prévios contribuem para o desconhecido.
A autora
cita ainda, que um planejamento eficiente das atividades de escrita com os
discentes em sala de aula, devem contribuir para a evolução dos graduandos, e
que seja acompanhado de reiteradas reescritas. Ela reconhece as dificuldades
enfrentadas pelos docentes em sala de aula, pois a elevada quantidade de aluno limita
um bom planejamento das atividades de escrita. A solução para o problema,
seria que os trabalho de produção de texto seja partilhadas com todos os
professores da área da linguagem em cada departamento, havendo mesmo uma
divisão de turmas, se for o caso, reduzir no mínimo os alunos que serão
atendidos por cada docente envolvido no planejamento.
A autora
termina o seu texto afirmando que é preciso da voz ao aluno, que eles saiam da
graduação dominando a escrita, sendo autônimos com relação ao seu dizer.
2 APRECIAÇÃO DA OBRA
O artigo contribui de forma
efetiva para uma melhor reflexão no processo de ensino na graduação superior. A
autora buscou a compreensão das falhas e das dificuldades enfrentadas pelos
discentes ao sair do colegial e iniciarem a graduação nas Universidades.
Podemos observar que a obra
através da autora, propõem ações interessantes do ponto de vista acadêmico,
principalmente sobre a criação de um departamento envolvendo os professores da
área de linguagem, e assim a separação de turmas por professores. Desta forma,
os docentes poderão ajudar os alunos com dificuldades na escrita.
A autora também cita um
melhor aproveitamento do tempo em sala de aula para elaboração de textos
científicos, reescritas do tipo resumo e resenhas, soluções bastantes interessantes
para o desenvolvimento dos discentes na universidade.
Acreditamos que a obra da
autora contribui bastante para ajudar os alunos que entram no nível superior
com dificuldades de leitura e escrita, porém após analise o instrumento de
pesquisa utilizado no texto elaborado pela autora, e considerando as respostas
pertinentes dos entrevistados. Ficou evidente para nós, os leitores, que o
trabalho poderia deslumbrar algumas soluções pertinentes para ajudar os
discentes nesta caminhada ao seu desenvolvimento acadêmico, principalmente na
elaboração de texto científicos e resenhas, aprimorando assim, a escrita e a
leitura do aluno no curso superior. Vejamos outras iniciativas que poderiam ser
aproveitadas:
- Criação de uma biblioteca digital
por parte da Universidade;
- Elaboração de convênios com
editoras conceituadas no meio acadêmico, buscando a diminuição dos custos
dos livros;
- Seminários temáticos voltados para
a literatura e pesquisas;
- O melhor aproveitamento nas
construções de texto científicos por parte dos discentes e, possíveis
publicações em jornais, revistas, rádios e outras mídias;
- Congresso em parcerias com outras
Universidades buscando sempre a literatura e pesquisa científica;
- Realização de simpósios trimestrais
e/ou semestrais com os temas voltados para literatura e construção
textual;
- Concursos com premiação de
trabalhos acadêmicos que possam contribuir para o desenvolvimento social e
humano;
- Realizações de trabalhos em
parceria com a comunidade, buscando a aproximação do discente com a sua
realidade social;
- Recursos financeiros para a
contratação de docentes específicos que possam ajudar o aluno com
dificuldades;
- Projetos internos de monitórias,
com discentes da área de Linguagens e Literaturas, para alunos com
dificuldades em produção e interpretação textual. Como contrapartidas,
horas extracurriculares e incentivo a Pesquisa e Desenvolvimento Humano;
- Criação de departamentos
específicos para ajudar os discentes com dificuldades na escrita e
leitura.
3 INDICAÇÃO DA OBRA
O artigo
contribui de maneira sólida com a evolução das atividades dos docentes que
trabalham no curso superior e profissionais da educação em geral. O texto mesmo
sendo superficial, propõem uma reflexão que possibilita uma nova visão e aprimoramento
no processo de construção do aluno escritor e leitor. Sabemos que através desta
iniciativa da autora, serão elaboradas novas pesquisas com novos argumentos com
texto que poderão contribuir ainda mais com a pesquisa científica na área de
literatura e construção textual, elaborados pelos alunos no ambiente acadêmico,
principalmente com a contribuição social e humana na elaboração dos trabalhos
escritos.
* Discente do Curso de Pós-Graduação em ênfase
em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade Cidade de Coromandel (FCC). cleitonwilson@hotmail.com
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